segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Batalha dos Aflitos






O dia 26/11/2005 vai ficar marcado na memória de cada torcedor gremista. Não pela importância do título de uma Série B, mas o que uma derrota diante do Náutico poderia representar ao clube, é a forma como a vitória foi obtida, tanto é que esse jogo tem o nome de "Batalha dos Aflitos".


Na época, o Brasileirão Série B não era disputado por pontos corridos. Havia uma primeira fase, em turno único, onde todos os 20 clubes jogavam contra todos, e os oito melhores classificados avançavam para os quadrangulares semifinais. Após um começo muito negativo, o Grêmio se recuperou, e conseguiu ficar no quarto lugar, apenas três pontos na frente do nono colocado, o Vila Nova/GO.


No quadrangular semifinal, apenas dois times avançavam ao quadrangular final. De forma mais tranquila, o Grêmio garantiu a classificação com uma rodada de antecedência, mas acabou ficando no segundo lugar do grupo.

Na fase decisiva, era tudo ou nada para o tricolor. O time de tantas histórias jogaria o seu futuro em apenas seis jogos. Antes da rodada final, o Grêmio era o líder, com nove pontos, seguido por Santa Cruz, com sete, Náutico, com seis, e Portuguesa, com cinco.

Os jogos eram Náutico x Grêmio e Santa Cruz x Portuguesa, ambos no Recife. Caso a Portuguesa batesse o Santa, a classificação era gremista, mas isto não ocorreu. A vitória do tricolor pernambucano colocava o time gaúcho na obrigação de empatar para conseguir o acesso, ou vencer para conquistar o título.

E os problemas começaram mesmo antes da partida. Os jogadores gremistas foram impedidos de entrar para o campo antes do jogo, e foram impossibilitar por policiais locais de fazer o aquecimento no local do jogo. Com 15 minutos de atraso, após o devido aquecimento, o jogo começou. O jogo era parelho, até que aos 34 minutos, o Náutico teve sua primeira grande chance. Domingos falhou, a bola sobrou para Paulo Matos, e o zagueiro gremista o derrubou na área, pênalti. Bruno Carvalho bateu forte, mas mandou na trave, para a alegria dos gremistas.

O jogo seguia com chances para os dois lados, mas o Náutico, ajudado pela torcida, era mais presente no campo de ataque. Aos 26 minutos da segunda etapa, Kuki errou um gol incrível, de dentro da área. Aos 30 minutos, Escalona colocou o braço esquerdo na bola e, como já tinha cartão amarelo, foi expulso por Djalma Beltrami.

Três minutos depois, Beltrami prejudicou o Náutico. Miltinho driblou Galatto, foi derrubado pelo goleiro, mas o árbitro não marcou o pênalti, e ainda deu cartão amarelo para o atacante.

No minuto seguinte, contudo, o time da casa recebeu a recompensa. Paulo Matos cruzou para a área, a bola bateu no cotovelo de Nunes, que estava junto ao corpo, mas Beltrami se intimidou pela pressão local e marcou a penalidade. Nervosos e inconformados, os jogadores do Grêmio partiram para cima do árbitro, dando empurrões e reclamando enfaticamente. A polícia acabou entrando em campo para proteger o árbitro, mas um dos policiais agrediu o lateral gremista Patrício. No final das contas, Nunes, Patrício e Domingos foram expulsos. Se mais um jogador do Grêmio levasse cartão vermelho, a partida seria encerrada.

Após 25 minutos de paralização, a cobrança seria feita. Um gol ali, para o Grêmio, poderia representar o fim da linha, pois talvez a equipe de Mano Menezes não tivesse força para empatar uma partida com apenas sete jogadores em campo. Ademar foi para a cobrança, mas brilhou a estrela de Galatto. O goleiro voou para sua esquerda, e defendeu com as pernas. A bola subindo foi o alívio para cada gremista que acompanhava o jogo.
O empate, ainda que não desse o título, garantia o Grêmio na Série A em 2006. Mas o inesperado aconteceria. Anderson, que acabara de entrar, saiu com a bola dominada e sofreu falta. Batata, que já tinha amarelo, recebeu o segundo e foi expulso. Naquele momento, eram sete gremistas contra dez do Náutico. Na cobrança da falta, aos 63 minutos do segundo tempo, Anderson recebeu, conduziu a bola pela esquerda, entrou na área, e bateu na saída do goleiro. Aquilo era inacreditável. Jamais havia sido visto. Com apenas sete jogadores em campo, o Grêmio fazia seu gol e garantia não só o acesso, mas o título da Série B de 2005.

Após o gol, o Náutico ainda foi com tudo para cima, mas não conseguiu o gol de empate. A vitória consagradora era do Grêmio, que estava de volta à elite do futebol brasileiro.
FICHA TÉCNICA
Náutico 0 x 1 Grêmio

Árbitro: Djalma Beltrami (RJ).
Local: Estádio dos Aflitos – Recife/PE
Data e horário: 26.11.2005 – 16h
Gols: 63min - 2º tempo - Ânderson

Cartões Amarelos: Bruno Carvalho (Náu), Tozo (Náu), Paulo Matos (Náu), Miltinho (Náu), Pereira (Grê), Lipatin (Grê)
Cartões vermelhos: Batata (Náu), Escalona (Grê), Nunes(Grê), Patrício(Grê), Domingos(Grê)

Náutico: Rodolpho; Bruno Carvalho (Miltinho), Tuca, Batata e Ademar; Tozo (Betinho), Cleisson, Davi (Romualdo) e Danilo; Kuki e Paulo Matos. Técnico: Roberto Cavalo.

Grêmio: Galatto; Patrício, Domingos, Pereira e Escalona; Nunes, Sandro, Marcelo Costa e Marcel (Anderson); Lipatin (Marcelo Oliveira) e Ricardinho (Lucas). Técnico: Mano Menezes.

FONTE: FUTNET

Hino do Remo-PA





Atletas azulinos somos nós,
E cumpriremos o nosso dever,
Se um dia quando unidos para a luta,
O pavilhão soubermos defender.

Enquanto a azul bandeira tremuleja,
O vento a beija, como a sonhar,
E honrando essa bandeira que flameja,
Nós todos saberemos com amor lutar.

E nós atletas temos vigor,
A nossa turma é toda de valor (bis).

Nós todos no vigor da mocidade,
Vamos gozando nessa quadra jovial,
E nós, os azulinos da cidade,
Rendemos viva ao nosso ideal.

Em cada um de nós mora a esperança,
Essa pujança, nosso ideal,
E porque somos do clube do remo
No nosso amor diremos que não tem rival
E nós atletas temos vigor,
A nossa turma é toda de valor (bis).

domingo, 1 de janeiro de 2012

As camisas do Natal


Esse Natal aumentou mais ainda a minha coleção enorme de camisas. Ganhei uma camisa do São Cristóvão de manga comprida e uma do Bangu, além de um boneco do Garrincha.

Bangu 3 x 0 Flamengo - Campeonato Carioca de 1966








Era uma tarde de domingo, 18 de dezembro de 1966, quando um fato extraordinário aconteceu, deixando suas imagens definitivamente na história do majestoso e sexagenário Maracanã.
Ali dipustava-se a final do Campeonato Carioca de Futebol, onde o Bangu A.C. ganhava o seu primeiro e único título no estádio(apesar de ter vencido o Torneio Início de 1950, efetivamente a primeira taça disputada no Maracanã entre clubes, mas não um campeonato regular), em cima do C.R. Flamengo.
O jogo indicaria o surpreendente placar de 3 x 0, gols de Ocimar e Aladim no primeiro tempo e Paulo Borges no segundo tempo, quando, logo após esse terceiro tento, o jogador Almir, inconformado com o dilatado placar, iniciou uma das maiores batalhas campais da história.
A briga iniciou-se após uma discussão entre o atacante banguense Ladeira e o zagueiro flamenguista Paulo Henrique, alguns jogadores foram separar o bate-boca e Almir foi botar fogo na briga.
Ubirajara, Ari Clemente, Luís Alberto e Ladeira(Bangu); Valdomiro, Itamar, Paulo Henrique, Almir e Silva(Flamengo). O jogo foi encerrado devido a falta de jogadores, mas nada que tirasse o título de Campeão Carioca de 1966 do time de Moça Bonita.
O memorável time do Bangu desse dia vinha a campo com:Ubirajara; Fidélis, Mario Tito, Luiz Alberto e Ari Clemente; Jaime e Ocimar; Paulo Borges, Cabralzinho, Ladeira e Aladim.